Ações consumadas
São luzes quase chupadas por buracos negros
Possibilidades que clamam lentamente por pequenos compositores
Auroras boreais de inspirações
Um sonho sentado
Um cachorro louco pra conhecer sua varanda
O varredor de rua pensando em seu sofá
O empresário inconformado
O mendigo perdido
A criança sendo estragada
O pai desesperado
A morte turbulenta
Estar e não desempenhar
Resignação sem ignição
Sem freio
Sem direção
Fundido
Sem lei
Impenhado escravo
Cérebro cansado
Pupilas dilatadas
Espírito entorpecido
Carne humana em crise
Não posso morrer
Pois assim não sonho
E perco a única forma de buscar
E como sair?
Desse pleito
Essa reforma sem fim
Ela não tem culpa
A dependência vem como temporal
As vidas se formam
E cada um deseja
Na pequena decisão
Que não afeta ninguém
Como sair?
Como vou sair?
Desse pleito
Essa reforma sem fim
23/03/2009
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