Resto de Nossas Vidas

A vida é cheia de estranhos sentimentos
Estranhos sentimentos que você pode se aproveitar
Aproveitar a odiar e amar e gostar

O sentimento é quando aperta seu coração
De tanto gostar de uma pessoa
Uma coisa que você tem vontade de jogar para fora
E simplesmente dizer que está feliz

Mas infelizmente os sentimentos são cheios de arrependimentos
Por apenas ter errado
Por não ter gostado
Por ter pensado em coisas ruins sobre as pessoas
Vendo que estava totalmente errado

A vida é cheia de surpresas
Ela simplesmente quer provar que você está errado
Todo santo dia
Ela quer dizer que você não sabe nada sobre ela
Ela quer que você veja que precisa ter alguém
Alguém do seu lado
Que quer compartilhar sua vida com a dela
Aprender coisas que nunca tinha visto
E ver sua família
Ver de onde surgiu
Ver de onde caminhou
E onde brotou tantos sentimentos
Que vai carregar pelo resto de nossas vidas
04 de julho de 2001

Coração quebrado

Como minhas veias estão cansadas, os olhos inchados.
Por se envolver em mais uma coisa ruim...
Esse coração vagabundo que vive calado pelo mundo
Chorando em qualquer canto
Esperando um alívio ou um sussurro
Dizendo-te nunca mais envolver

Essa esperança que nem me disse adeus
Que me conquistou e simplesmente fugiu dos meus braços
Sem deixar rastros de um cheiro qualquer

Esse coração jogado aos pedaços
Juntado aos cacos
Até se formar novamente para ser quebrado continuamente

Ele não quer continuar
Mas está preso de uma forma sem escapatória
Sem esperança de nunca se juntar... Por tantas caídas... desfechos

Texto de: José Teles Andrade

30 de maio de 2005

Direções

Sentimento de busca
Mundo a fora
Preso aqui dentro

Alimento em espírito

Coisas trêmulas
Suspiros de confidências
As migalhas
As direções
Garoto ao meio de um tiroteio

Sentir o sol
O vento frio
As montanhas geladas
Pessoas não identificadas

O mundo preparado
Ou o eu não preparado?

Preso as crenças
Preso as reminiscências
Entre as estradas que esperam teu espírito
Em mais uma viagem de provas e expiações
Que tanto espera em mínimos contatos de uma vida dinâmica, relacionada, direcionada e planejada.

Como poder explicar ao se entregar esperando as migalhas de um mundo sem direção?

Texto de: José Teles Andrade

19/11/2005