Mas não o vejo
De forma límpida e clara
Como era para ser
Quando esta consciência
Se tornasse sã.
A mente não enxerga
Não transmite mais a realidade
Os olhos que adoram mentir
Transmite uma “realidade”
De conto de fadas
Onde um mundo rosa
Não aceita nada preto
Nem mesmo um azul-marinho claro
Quando se torna possível ver as coisas minuciosamente
Mas não necessário pode se tornar
E nem mesmo rápido e fácil poderemos nos contornar
Sendo que a mentira, o seu próprio encoberta-mento.
Vem de dentro para fora
Da interpretação do olho para o cérebro
Da língua do outrem para o psicólogo
Do filho para o pai
E da própria masturbação inconsciente
A vida não mente por muito tempo
Mas nós mentimos até quando quisermos permanecer neste ciclo
Neste ciclo vicioso da realidade que nos foi tirada há muito tempo.